Como dar mais profundidade a uma equipa de futebol

Rentabilizar ao máximo os recursos humanos de uma equipa de futebol é meio caminho andado para o sucesso. De que forma se pode dar mais profundidade a uma equipa e quais as melhores estratégias de jogo que os clubes utilizam para que a equipa tenha mais profundidade e esteja melhor distribuída em campo é o tema que vamos abordar em seguida:

Identificar as competências específicas de cada jogador

No sentido de dar uma maior profundidade à equipa, o treinador precisa antes de tudo de conseguir identificar o potencial de cada jogador em particular. Só depois de saber exactamente aquilo que pode pedir aos jogadores a título individual será possível ao treinador elaborar estratégias de jogo que permitam distribui-los melhor dentro de campo. A distribuição dos jogadores em campo deve ser feita de forma estratégica para que cada um possa ocupar a posição para a qual está francamente mais vocacionado, unindo assim a melhor prestação de cada um e obtendo o melhor resultado para todos.

Potenciar ao máximo o rendimento dos jogadores

Os jogadores precisam de um método de treino que potencie ao máximo o seu rendimento em campo. Tanto os aspectos físicos quanto os aspectos emocionais necessitam de ser trabalhados e aperfeiçoados para que depois a equipa consiga jogar em profundidade e esteja completamente empenhada no alcançar da vitória. Todos os jogadores deverão entrar em campo na melhor forma física e emocional possível pois só assim estarão em condições de pôr em prática as tácticas de jogo delineadas e tirar o melhor partido das indicações do treinador.

A importância de fazer passar bem a mensagem

O treinador tem sempre que se assegurar que a mensagem que pretende passar aos jogadores está realmente a chegar nas melhores condições e que está de facto a ser percebida e aceite por todos. Não podem restar mal-entendidos nem sombras de dúvida quanto a isso sob perigo de depois os jogadores não serem capazes de corresponder às espectativas geradas durante os treinos. Desenvolver a habilidade na comunicação é uma estratégia indispensável que os treinadores e os clubes de futebol em geral devem utilizar na perfeição se quiserem ser bem percebidos e melhor seguidos pelos seus jogadores.

Proceder a reajustamentos na equipa sempre que necessário

Todos os jogos são diferentes entre si e frequentemente é necessário ir procedendo a ajustes na equipa conforme o jogo se vai desenrolando. Para que os jogadores estejam nas posições mais convenientes dentro de campo é importante que o treinador vá recolocando e redistribuindo a equipa tantas vezes quantas as que forem necessárias permitindo assim uma maior dinamicidade ao jogo e potenciando ao máximo o talento e polivalência de cada jogador.

Fazer correctas leituras de jogo

Estar atento ao mais pequeno detalhe de jogo ocorrido em campo, ser capaz de detectar dificuldades e vulnerabilidades na táctica implementada ou num determinado jogador especifico, ter a capacidade de prever baseado em dados lógicos as reacções e respostas da equipa adversária são apanágios de um bom treinador de futebol. Saber fazer a correcta leitura do jogo no exacto momento em que está a acontecer é uma técnica excelente para conferir maior profundidade à equipa. E não só o treinador precisa de desenvolver esta estratégia como também os jogadores a nível individual têm que desenvolver essa capacidade. De uma jogada repentina pode nascer um golo decisivo e não há tempo para pensar e reflectir demoradamente, a resposta tem que ser imediata e para isso é preciso saber ler nas entrelinhas.

Melhorar e aperfeiçoar a profundidade de uma equipa de futebol é um trabalho exaustivo e que carece de muito empenho e dedicação para ser levado a bom termo. É também um trabalho que precisa de tempo para começar a mostrar resultados práticos e é indispensável que todas as partes envolvidas no processo saibam esperar e sejam capazes de dar ao treinador o tempo e o espaço de que necessita para executar o seu trabalho nas devidas condições.

As declarações mais polémicas de Zlatan Ibrahimovic

Zlatan Ibrahimovic é já o melhor jogador da história do futebol sueco, superando nomes como Larsson, Brolin, ou Ljungberg. No entanto, não obstante todo o talento que evidencia dentro das quatro linhas, o astro sueco consegue superar-se nas conferências de imprensa. São já muitas as frases bombásticas com que ao longo da sua carreira foi fazendo correr tinta, este artigo recorda 7 dessas pérolas de provocação e egocentrismo.

“Ele queria que eu fosse treinar à experiência durante um certo período de tempo, Zlatan não faz testes”

Referindo-se ao convite que recebeu, e recusou, por parte de Arsène Wenger, treinador do Arsenal, uma das maiores equipas do campeonato inglês, para realizar testes no clube, na altura em que tinha 17 anos e estava ainda longe de ser o astro mundial que acabou por ser.

“Este país de m… não merece o PSG”

Disse Zlatan referindo-se a França no final de uma derrota do seu clube, o PSG, às mãos do Bordéus, visivelmente agastado com a arbitragem desse encontro. O desabafo teve repercussões graves junto da opinião pública francesa e o sueco teve mesmo que se retratar publicamente, o que certamente lhe terá custado. Alguns franceses chegaram mesmo a exigir que o jogador fosse expulso do país e o próprio clube ponderou proceder disciplinarmente, mas tudo acabou em bem. Claro que a qualidade do jogador em causa e a falta que faria à equipa, e até ao próprio campeonato francês, intercederam a seu favor.

“Vem até à minha casa e traz a tua irmã também, que eu mostro-te se sou gay”

Atirou Ibrahimovic a uma jornalista espanhola, em resposta a uma pequena provocação da mesma, na sequência de uma foto onde aparece muito próximo de Piqué, à data seu colega no Barcelona. Não se sabe se a jornalista aceitou o convite.

“O que Carew faz com uma bola eu posso fazer com uma laranja”

Assim respondeu Ibra a uma provocação do norueguês John Carew, em que dizia que os dribles e as jogadas de Ibrahimovic não eram objetivas. Passe o provável exagero, a verdade é que a diferença de qualidade entre os dois jogadores é por demais evidente.

“Primeiro fui para a esquerda, e ele também foi, depois fui para a direita, ele fez o mesmo, quando fui novamente para a esquerda ele foi comprar um cachorro”

Provocou Zlatan o colega de profissão Stephane Henchoz, depois de um drible soberbo sobre o referido jogador suiço num jogo entre o Ajax, clube de Ibrahimovic à data, e o Liverpool, clube de Henchoz.

“Um Mundial sem mim não vale a pena ver”

Avaliou Ibra depois do afastamento da sua seleção no playoff de acesso ao Mundial de 2014 no Brasil, às mãos de Portugal, num jogo em que Cristiano Ronaldo brilhou intensamente. Claro que fez falta, mas James Rodriguez, Messi, Muller e companhia fizeram esquecer a ausência do avançado sueco. Há uma velha máxima no futebol que defende que só faz falta quem está.

“Foi bom jogar convosco, mas vocês não vão ganhar nada sem mim”

Divulgou Massimo Moratti, presidente do Inter, que tinha sido a frase de despedida do sueco aos companheiros de equipa quando se transferiu do clube italiano para o Barcelona no verão de 2009. Nessa época, a de 2009/2010, o Inter, treinado por José Mourinho, ganhou todas as competições em que participou, incluindo a Liga dos Campeões, afastando nas meias-finais o Barcelona de Ibrahimovic. Às vezes o destino prega partidas de particular bom gosto…

7 grandes rivalidades no futebol

A rivalidade entre duas de futebol é algo de excecional neste desporto. Ninguém ousa fazer apostas nestes jogos, uma vez que, por norma, não há vencedores antecipados. Contudo, algumas rivalidades ultrapassam o desporto e vão muito além da paixão pelos clubes em causa, muitas vezes chega (infelizmente) à violência dentro e fora de campo. Conheça 7 grandes rivalidades no futebol que nasceram não só devido ao desporto em si mas também devido a fatores políticos, sociais e/ou económicos.

1. Real Madrid VS Barcelona

Conhecida como “El Clásico”, é a maior e mais conhecida rivalidade de Espanha. Esta rivalidade transcende o desporto para motivações de ordem política e social visto que o Real Madrid é considerado o representante da realeza e da ditadura do General Franco e o Barcelona o clube da cultura e símbolo da independência da ditadura. O General Franco era obcecado pelo Real Madrid e durante a Guerra Civil de Espanha foram várias as perseguições ao Barcelona que culminaram inclusive com o assassinato de dirigentes do clube catalão. As equipas já se defrontaram em mais de 230 ocasiões e na época de 1942/43, o Real Madrid venceu o Barcelona por 11-1. Por outro lado, em 2009/10, o Barcelona venceu o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, por 6-2.

2. Boca Juniors VS River Plate

O duelo entre estas duas equipas é designado como o Superclássico do futebol argentino. As equipas eram do mesmo bairro e lutavam para ser o melhor representante do bairro La Boca, um bairro humilde. Porém, o River Plate acabou por se mudar na década de 20 para Belgrano, uma zona nobre de Buenos Aires. Esta mudança acentuou ainda mais a rivalidade passando a ser um confronto entre o povo (Boca Juniors) e os mais privilegiados (River). As equipas defrontaram-se em mais de 230 jogos, destacando-se as duas maiores goleadas: uma para o River por 5-1 em 1941 e outra para o Boca por 5-0 em 2015.

3. Lazio vs. Roma

O “Derby della Capitale” é o dérbi disputado pelas duas principais equipas de Roma, Itália. Na década de 20 os dois clubes pretendiam formar um só clube em Roma, mas Mussolini, fervoroso adepto da Lazio, não o permitiu passando os nacionalistas a torcer pela Lazio e os socialistas a torcer pela Roma. A rivalidade chega a pontos extremos chegando a acontecer episódios onde adeptos dos clubes compravam bilhetes para os jogos dos rivais e rasgavam-nos só para diminuir a falange de apoio no estádio de um e de outro clube. As equipas defrontaram-se em mais de 175 jogos e os resultados mais volumosos entre os dois clubes são: uma vitória da Roma em 1933 por 5-0 e uma vitória da Lazio por 4-1 em 1998.

4. Celtic vs. Glasgow Rangers

Este clássico é conhecido como o “Old Firm” e coloca em confronto as duas equipas de Glasgow, Escócia. É um clássico que decorre já desde o século XIX e a sua origem transcende para a religião. De um lado está o representante católico, o Celtic, e do outro o representante protestante, o Rangers. Apesar desta maioria, o Celtic não se negava a receber jogadores de outras religiões ao contrário do Rangers. As equipas defrontaram-se em mais de 550 jogos e o Rangers tem vantagem.

5. Fenerbahce vs. Galatasaray

Conhecido como o “Dérbi Intercontinental” é o grande dérbi da cidade de Istambul, na Turquia. O que começou com uma rivalidade saudável acabou por ser destruído num jogo amigável em 1934. Nesse jogo, o desejo de ganhar dos dois clubes era tão grande que o jogo foi interrompido inúmeras vezes por causas das sucessivas faltas duras dos jogadores. O ambiente tenso no campo passou para as bancadas e tudo terminou numa enorme batalha campal. A rivalidade entre os dois clubes passa também para o campo social e cultural com o Galatasaray a ser visto como o clube da classe alta e o Fenerbahce como o clube do povo. As equipas já disputaram mais de 380 jogos e os dois jogos que tiveram mais golos terminaram com empates a 4 bolas.

6. Olympiakos vs. Panathinaikos

É conhecido como o “Dérbi dos adversários eternos” e coloca em confronto duas das grandes equipas de Atenas, na Grécia. Tal como outros dérbis mundiais, este confronto também tem origens de natureza social, cultural e regional sendo o Olympiakos o representante da classe trabalhadora e o Panathinaikos um clube com mais ligações à elite de Atenas. No confronto entre as duas equipas, o destaque vai para as três grandes goleadas do Olympiakos: duas por 6-1 sendo que uma delas foi conquistada fora de casa e uma por 8-2.

7. Benfica vs. Sporting

O grande dérbi do futebol português e da cidade de Lisboa é conhecido de várias formas: “Dérbi dos Dérbis”, “Clássico dos Clássicos” ou até mesmo “Dérbi Eterno”. A rivalidade começou no início do século XX mais concretamente em 1907 quando oito jogadores do Benfica se mudaram para o Sporting. A origem dos clubes remete também para questões de ordem social com o Benfica a estar ligado às classes média e baixa e o Sporting a representar a elite de Lisboa. As equipas defrontaram-se em cerca de 300 jogos e destaca-se a vitória do Sporting por 7-1 em 1986, uma vitória do Benfica por 7-2 em 1946 e uma vitória do Benfica em Alvalade por 6-3 num ano em que dois jogadores trocaram o Benfica pelo Sporting, naquele que ficou conhecido como o verão quente.

10 dicas para escolher uma boa escola de futebol

O sonho de qualquer criança que gosta de futebol é um dia se tornar jogador profissional. Impulsionados por este desejo, muitos pais matriculam seus filhos em escolinhas de futebol. Primeiramente como uma forma de lazer e para evitar que os menores sigam o caminho do sedentarismo, mas também pela vontade de ver seu descendente aperfeiçoando as suas habilidades futebolísticas. Existem inúmeras academias para aprender a jogar futebol, porém é bom observar alguns detalhes para que a vontade dos pequenos não se torne algo frustrante para o resto da vida deles:

1. Localização e transporte

O primeiro ponto a considerar passa por procurar uma escolinha conceituada e que seja próxima de casa para que o seu filho se consiga deslocar com tranquilidade. Se o lugar for mais afastado da sua residência, o ideal é que algum familiar fique responsável por levar e trazer a criança ou contrate um transporte pago para que o menor sempre esteja acompanhado de um adulto.

2. Infraestrutura

Comece por observar a estrutura física do estabelecimento. Verifique se existem vestiários adaptados à idade da criança, se as quadras são cobertas para evitar a exposição exagerada ao sol e à chuva e se há um bar no local para fazer refeições. O lugar precisa ser limpo e seguro. Veja se o prédio passou pela fiscalização do corpo de bombeiros e se há o alvará de funcionamento, dado pela Câmara para que o estabelecimento esteja aberto.

3. O campo de jogo

Depois da estrutura, é necessário que os pais analisem o campo de futebol. Verifique se o campo de jogo é conservado, se passa periodicamente por manutenção para evitar buracos que podem machucar os alunos.

4. O material

Um detalhe que às vezes pode passar despercebido pelos pais é ver se a escola disponibiliza o material básico para a prática do desporto. Saiba se a escolinha tem um uniforme adequado para jogar futebol, se a bola tem o tamanho e o peso adequado para a idade do seu filho.

5. A enfermaria

À semelhança de um grande clube de futebol profissional, como o Benfica, Porto ou o Sporting, o estabelecimento precisa ter uma enfermaria com todo o material para primeiros socorros e alguém capacitado para atender as crianças. Por se tratar de um desporto de choque, a oportunidade de alguém se magoar existe, por isso, é necessário que haja uma estrutura mínima para este primeiro atendimento médico.

6. O professor

Toda a escolinha deve ter um responsável técnico, ou seja, um profissional formado em educação física que entenda o limite físico de uma criança. Converse com ele e com outros pais para saber quais são os métodos de ensino e os valores de vida passados pela escola.

7. A equipa de apoio

Além do professor é necessário que haja uma equipa preparada para lidar com crianças. Veja se há outros orientadores para auxiliar os trabalhos, se estas pessoas são qualificadas e têm requisitos básicos para trabalhar com este público, como paciência, extroversão e animo.

8. A didática

Apesar de ser um local onde a criança esteja a aprender um desporto, isso não pode ser levado como uma futura profissão. Mais importante do que ensinar a tática do jogo e aperfeiçoar as habilidades, o professor tem o dever de passar outros ensinamentos, como o respeito pelos colegas e a disciplina, enfim, fazer que a criança socialize e cresça como ser humano.

9. A mensalidade

Como em qualquer serviço é bom observar o preço das mensalidades para não se arrepender depois. Saiba que o dinheiro que está investindo no seu filho está a valer a pena. Acompanhe se realmente o que lhe foi passado está a ser cumprido, que seu filho esteja satisfeito com os serviços oferecidos pela escolinha. É bom fazer esta avaliação depois de alguns meses para não deitar o seu dinheiro fora.

10. A segurança

Para finalizar, não se esqueça de analisar a segurança do lugar. Se existem camaras de vigilância, se há muros e grades que evitem a entrada de estranhos e, se possível, que a escolinha tenha seguranças que barrem a entrada de pessoas não autorizadas.

A importância dos relatórios de jogo de um árbitro de futebol

O relatório de jogo de um árbitro de futebol é um documento escrito pelo árbitro principal da partida visando mostrar e documentar todos os episódios ocorridos dentro do campo. Este relatório deve ser escrito com linguagem técnica e entregue a confederação a qual o árbitro pertence. A confederação irá avaliar as informações contidas no relatório e tomar devidas providências caso necessária. A seguir, serão apresentadas as informações que geralmente constam nos relatórios de jogo de um árbitro:

Informações básicas

O árbitro deve adicionar no relatório informações básicas como, por exemplo: Data e hora do início da partida; Local da partida; Nome dos clubes que fizeram a partida; Resultado da partida.

Instalações

O árbitro deve descrever de forma objetiva os pontos principais das instalações do campo visando mostrar quaisquer irregularidades que possam interferir na partida. Sendo alguns deles: verificar redes antes do início de cada tempo de jogo, verificar bandeiras de escanteios, entrada do campo, possíveis irregularidades no gramado, existência de ambulância no estádio, policiamento e iluminação do gramado.

Atrasos

Caso haja atrasos para o início da partida, o árbitro deverá descrever os motivos pelo qual houve o atraso bem como o tempo adicional para iniciar o jogo.

Substituições

Devem-se registrar as substituições de jogadores dos dois clubes durante a partida e anotar o tempo de partida em que houve as substituições bem como o número da camisola dos jogadores envolvidos nas substituições.

Faltas

Informar o número de faltas de cada equipe durante o jogo e o tempo de jogo em que ocorreu a falta.

Advertências

O árbitro deve registrar todas as advertências realizadas por ele durante a partida informando também o número de cartões amarelos aplicados ao longo do jogo e os respetivos números das camisas dos jogadores que receberam dos cartões amarelos.

Caso haja expulsões durante a partida, o árbitro deve descrever o tempo de jogo do ocorrido, os motivos pela expulsão, e de qual equipe pertence o membro expulso. Em caso de jogadores descreve-se o número da camisa e sua equipe e em caso de comissão técnica, descreve-se o nome e cargo do membro na equipe.

Comportamento das claques

O árbitro deve descrever detalhes sobre atuações da torcida dentro do estádio que possam interferir de algum modo na partida. Situações como o uso de raio laser no gramado, faixas e gritos insinuando a violência, homofobia, racismo, uso de sinalizadores e objetos atirados no gramado são alguns exemplos que devem ser registrados no relatório do jogo para que medidas sejam tomadas.

Tempos de compensação

O árbitro deve informar no relatório a quantidade de minutos que foi adicionado ao final de cada tempo da partida devido a pequenas paralisações do jogo.

Apanha-bolas

O árbitro deve relatar qualquer irregularidade que possa vir ocorrer com os apanha-bolas durante a partida. Situações como a demora em devolução da bola, provocações, expulsões de apanha-bolas, entre outras devem ser sempre registadas.

Área técnica

O árbitro deve relatar qualquer irregularidade na área técnica de cada equipa como por exemplo: invasão indevida do relvado durante a partida; uso de aparelhos de comunicação com jogadores; ofensas ao árbitro; entre outras.

Cancelamento de partida

Caso haja o cancelamento da partida, o árbitro deve descrever com detalhes os motivos pelo qual a partida foi cancelada. Geralmente ocorrem em caso de temporais durante a partida, brigas entre torcidas, invasões de campo entre outros

As estratégias de marketing usadas para a venda de lugares anuais

Encher o estádio é o desejo de qualquer clube de futebol. Um estádio repleto de espectadores é meio caminho andado para o sucesso da equipa e garante entusiasmo desde o princípio até ao fim do jogo. A tarefa de promover a venda de lugares anuais (lugares comprados de forma antecipada pelos sócios do clube e que permitem assistir aos jogos da equipa em casa durante o presente campeonato) está a cargo da equipa de marketing de cada clube. A seguir vamos ficar a conhecer quais são as principais estratégias de marketing usadas para a venda de lugares anuais:

Definir uma percentagem significativa de redução no preço dos bilhetes

A redução no preço dos bilhetes é o benefício imediato que os sócios têm ao comprarem bilhetes anuais por isso é bom que a redução seja o mais significativa possível. Uma boa estratégia passa por reduzir os preços dos bilhetes apostando na quantidade de vendas dos mesmos. É certo que os jogos mais importantes quase sempre têm garantidamente casa cheia – principalmente no caso do Porto, Benfica e Sporting – mas há que não esquecer que ao comprar lugares anuais, o sócio está também a comprar bilhete para os jogos menos importantes aos quais provavelmente não viria assistir se não dispusesse já de bilhete comprado.

Promover uma boa política de divulgação das vantagens dos bilhetes anuais

São os sócios que vão adquirir os bilhetes anuais e convém que eles estejam bem informados das vantagens que terão ao aderir a essa compra. A mensagem publicitária tem que chegar a todos e a cada um dos sócios, quer seja utilizando revistas periódicas do clube, quer seja através de emails, mensagens por telemóvel, telefonemas ou avisos colocados em locais bem visíveis no estádio. O investimento financeiro que o clube fizer neste tipo de divulgação será compensado pela maior adesão dos sócios aos bilhetes anuais e esta técnica resulta sempre bem.

Para além dos preços reduzidos dos bilhetes…

Para além da possibilidade de efetivamente pouparem dinheiro na compra dos bilhetes, os clubes podem também disponibilizar aos sócios que adiram aos bilhetes anuais um leque diversificado de outras vantagens. Entre essa oferta podem constar promoções atraentes como brindes que podem ser assinaturas de revistas grátis, sorteios de artigos da loja do clube, publicações alusivas a futebol… enfim, tudo o que possa ser interessante e apelativo e que leve o sócio a desembolsar dinheiro que doutra forma não desembolsaria.

Relembrar ao sócio como é bom ter a certeza antecipada de estar presente nos jogos decisivos

Esta é uma estratégia infalível quando bem aplicada. Não há sócio, simpatizante e até adepto que gosta de fazer umas apostas que não considere imprescindível estar presente naqueles jogos decisivos para o andamento do campeonato e nos quais o seu clube recebe clubes adversários de grande peso. E não há também sócio nenhum que não tenha sentido na pele a tristeza de chegar ao estádio e não conseguir comprar bilhete por estarem esgotados. É tudo uma questão de fazer ver aos sócios que por mais importante que seja o jogo, o lugar deles estará lá garantido e tranquilo à sua espera desde que, claro, comprem os lugares anuais… Acabaram-se as ansiedades, as correrias de ultima hora, o stress e o nervosismo. Acenar com a promessa de tranquilidade é caminha garantido.

Apelar ao amor clubístico

Todos os sócios amam o seu clube. A paixão pelo futebol atinge a sua demonstração máxima na relação afetiva que os sócios mantêm com o clube. Exacerbar nos sócios essa paixão pelo clube, pelas suas cores, pela sua camisola e convencê-los de que comprando lugares anuais estão decididamente a ajudar o clube é uma técnica de marketing muito bem-sucedida. Se um sócio se mentalizar de que a sua presença é realmente importante e que está efetivamente a participar na vida do clube quando assiste aos jogos, então ele vai sentir-se muito mais inclinado a comprar os bilhetes anuais para poder estar sempre nas bancadas. É uma forma de dizer “presente à chamada” a que poucos conseguem resistir.

Levar à prática campanhas de angariação de novos sócios

Se são os sócios que compram lugares anuais então a estratégia passará por fazer crescer cada vez mais o número de massa associativa do clube. Foram já feitas por diferentes clubes de futebol algumas campanhas de angariação de novos sócios com muito sucesso. Normalmente as pessoas aderem a causas que as motivem e que lhes sejam queridas. Tudo é uma questão de saber encontrar as palavras certas e chegar ao coração de cada um. Um clube com muitos sócios é um clube poderoso e rico.

Elaborar vantagens para os sócios que comprem lugares anuais

Para distinguir e premiar os sócios que estejam dispostos a adquirir bilhetes anuais, os clubes elaboram vantagens de que só estes sócios poderão usufruir. Assim alguns clubes fornecem senhas virtuais a estes sócios para que tenham acesso a informação privilegiada sobre o clube através do site do clube na internet. Permitir que os sócios com bilhetes anuais recebam de forma gratuita revistas ou publicações periódicas do clube é outra estratégia que convence e agrada muito às pessoas.

Essencialmente o que os clubes de futebol fazem é utilizar estratégias de marketing para que os sócios sintam que têm uma relação privilegiada com o clube ao adquirirem bilhetes anuais, e percebam também que são tratados pelo clube de forma diferenciada dos outros sócios por isso mesmo. É uma relação em que as duas partes saem a ganhar. Para os clubes de futebol é ótimo que os estádios estejam cheios de espetadores. E para os sócios também é bom poderem adquirir bilhetes de entrada a preços mais vantajosos. Os lucros dos clubes aumentam e o lucro do espectador também. E até o próprio futebol enquanto espetáculo de multidões sai vencedor de tudo isto.

Os princípios básicos de jogo de uma equipa de futebol

Não falta quem não se ache conhecedor das regras do futebol, mas será que se conhece verdadeiramente os princípios por que se rege uma equipa de futebol? Pelo menos seus princípios básicos? Por detrás da emoção e do espetáculo está uma série de estratégias.

Mesmo um Cristiano Ronaldo, que surpreendeu ao chegar ao Manchester United como que ouro ou diamante em forma pura, necessita de ser limado, trabalhado e aprimorado. Ou seja, casos excecionais há em que um(a) super jogador(a) faz tudo ou quase tudo sozinho(a), mas o futebol (como tantos outros desportos) é jogado de forma coletiva e os princípios básicos estão lá para apoiar o desempenho das equipas.

Um treinador procura sempre conduzir a equipa ao melhor controlo do jogo, à posse de bola, a diversificar respetivas variações nas movimentações, a mudar o ritmo do jogo, a desenvolver táticas que desequilibrem a equipa adversária, tudo no âmbito de promover a concretização de golos. Há, contudo, um princípio geral que influencia todos os outros: o de gerar superioridade numérica!

Princípios ofensivos de uma equipa de futebol

Uma equipa, para levar de vencida, deve organizar-se de forma a pressionar mais que a adversária. Destacam-se os 4 princípios ofensivos seguintes:

1. O princípio de penetração

Significa romper a adversária malha defensiva sobretudo quando está compacta, significa driblar-fintar, significa promover as desmarcações, significa usar os flancos para cruzamentos.

2. A cobertura ofensiva

Significa, sobretudo, gerar triangulações para auxiliar a progressão ofensiva do portador da bola, mas também significa obrigar um ou mais adversários a acompanhar a marcação de um ou mais jogadores auxiliadores do portador da bola.

3. A mobilidade

Significa procurar linhas de passe em profundidade, sobretudo em ocasiões de contra-ataque, significa passes diagonais ou cruzamentos direcionadas à grande-área.

4. A procura do espaço

Sempre que se recupera a posse da bola, dá-se início o processo de ampliação do espaço de jogo ofensivo, ou seja, os jogadores individualmente tentam posicionar-se em espaços vazios com o fim de ganharem tempo para dar sequência ao jogo.

 Princípios defensivos de uma equipa de futebol

1. O princípio da contenção

Ação que implica um ou mais defesas posicionarem-se entre a bola e a baliza, de forma  a impedir a progressão ou a garantir que o atacante não remate nem consiga efetuar passes pelo menos para diante.

2. A cobertura defensiva

Significa reforçar a marcação defensiva, ou seja, um ou mais defesas fazem a cobertura nas costas do colega que tentou a primeira contenção e conseguiu ou não efetivá-la. Esta tática é, principalmente, posta em prática sobre jogadores que desequilibrem e fazem a diferença.

3. O equilíbrio

A superioridade ou igualdade numérica é fundamental para assegurar a estabilidade defensiva onde se disputa a bola; é necessário o reajuste constante do posicionamento defensivo de acordo com as movimentações que os adversários efetuem, evitando assim a criação de linhas de passe e proporcionando a recuperação-interceção da bola.

4. A concentração

Possuir a clarividência de desviar o jogo ofensivo da equipa adversária para zonas de menor risco no campo, reduzindo o espaço de ação do adversário e aumentando a pressão sobre o mesmo.

Vantagens e desvantagens de jogar futebol numa liga inferior

Jogar futebol numa liga inferior não é sempre uma tarefa difícil, depende muito dos planos e da “categoria” do jogador ou do clube. É certo que varia muito conforme quem está a fazer essa análise. Conheça a lista dos prós e contras de jogar em ligas inferiores de futebol

Vantagens de jogar futebol numa liga inferior

1. Os jogadores são menos assediados

Normalmente, quem joga em ligas inferiores, sofre menos com assédio dos grandes  equipas. Os jogadores que habitualmente jogam nas divisões secundárias são os chamados “prata da casa”, que são aqueles jogadores que jogam desde muito novos na referida equipa. Muitas vezes, vemos equipas que conseguem segurar os seus craques durante mais tempo para reaverem o investimento que neles foi realizado.

2. Baixo custo dos investimentos

As equipas gastam muito pouco quando se compara com o montante gasto pelas equipas que jogam nos grandes campeonatos. É preciso ter em conta que os deslocamentos são relativamente pequenos, não acontecem para fora do país, e aliado a isso a folha de pagamento é reduzida, levando-se em conta que não temos muitas estrelas a jogar nas ligas inferiores.

3. Mais equilíbrio e serenidade

Jogar em ligas inferiores traz mais sossego, não há tanto risco de espionagem por parte de algum adversário, sem contar a diminuição da tensão entre as claques.

4. Menor assédio da imprensa

Nas grandes equipas, a imprensa exerce um papel importante, mas, às vezes cega a ser constrangedor a instabilidade que provoca e isso pode prejudicar o aspeto desportivo. É por isso que há as concentrações nas vésperas de jogos  importantes.

5. Menor nível de pressão

Nas equipas maiores existe a famosa pressão em jogar apenas naquela equipa, ou seja, jogadores, comissão técnica e direção estão imersos nesse turbilhão de emoções e todos remam para o mesmo lado. Os sócios pressionam o clube por causa dos resultados, sendo suscetíveis as menores variações e queda em resultados.

Desvantagens de jogar futebol numa liga inferior

1. Menor visibilidade

As equipas pequenas têm uma menor visibilidade, pois jogam em séries e campeonatos inferiores. Assim, é uma perda de oportunidade estar em ligas inferiores; é sinal de um menor número de patrocínios e receitas menores.

2. Menor volume de recursos

As equipas pequenas possuem um menor volume de recursos, pois as fontes de renda são muito inferiores se comparadas com grandes equipas que jogam nas grandes ligas. Isso traz dificuldades para adquirirem reforços e material em geral, o que pode prejudicar os resultados.

3. Menor apoio

As equipas pequenas não contam com tanto apoio quanto as equipas maiores, tipo rendimentos de lotarias esportivas e incentivos fiscais do governo.

4. Infraestruturas fracas

Nas ligas inferiores, as infraestruturas são fracas. Tudo é considerado mais difícil por se tratar de uma estrutura menor, onde a dimensão do clube aumenta o nível de profissionalismo.

5. Falta de organização em termos de apoio

Como são equipas pequenas, há maior dificuldade na organização em termos de claques organizadas. Isso faz com que tenham pouco apoio e sócios.

E assim temos as cinco vantagens e cinco desvantagens para quem joga em ligas inferiores. Fica o sentimento de melhoria e de maiores incentivos por parte da sociedade civil e por parte dos governantes para as equipas mais pequenas.

Os preconceitos sociais existentes à volta do futebol

O futebol é, hoje em dia, uma indústria que movimenta milhares de euros e isso acontece graças à espetacularidade dos argumentos técnicos dos seus principais intervenientes, isto é, os jogadores. No entanto, associado à sua enorme popularidade está também o preconceito social que este desporto acarreta. Saiba quais são os principais preconceitos sociais existentes à volta do futebol e livre-se deles de uma vez por todas.

O futebol não é para mulheres

No futebol não há sexos, apenas uma bola e onze jogadores de cada lado que se digladiam à procura da tão desejada vitória. Isto acontece para as equipas de futebol femininas e masculinas.

Por outro lado, também é de realçar que os preconceituosos que afirmam que as mulheres não sabem ver ou apreciar futebol também se encontram errados, pois as mulheres, além de darem um colorido especial às bancadas, conseguem discutir esquemas táticos e estratégicas como e com qualquer homem. Inclusive, nos últimos anos, tem-se verificado um crescimento gradual da mulher naquele que é considerado um desporto de homens – na comunicação social, nas equipas técnicas e diretivas dos clubes, e em outros setores da indústria.

Não há gays no futebol

“O futebol é para homens e, como tal, não há gays no futebol”. Este é um pensamento retrógrado que as mentes mais fechadas têm em relação a esta indústria. O ser gay ou não é uma opção individual e, independentemente do jogador ser futebolista, médico, ou carpinteiro, a opção é sua e ninguém a pode criticar. Aliás, não é por ser ou não gay que isso vai fazer do atleta um melhor jogador. As pessoas querem é que a sua equipa vença e isso vale para sócios, simpatizantes, adeptos das apostas desportivas, diretores do clube, entre outros, e nenhum deles se importa que o marcador do golo da vitória seja ou não gay.

A cor da pele dos jogadores

Infelizmente, o racismo em relação à cor da pele dos jogadores está presente no futebol. Isso nota-se nos apupos e nos cânticos das claques e dos adeptos mais obtusos, mesmo quando existem jogadores na própria equipa com essas mesmas características. Por exemplo, o jogador Mario Balotelli já se viu na obrigação de abandonar o terreno de jogo, pois não aguentou os insultos raciais que uma outra equipa lhe estava a endereçar.

Os jogadores de futebol são todos ricos

Nem todos os jogadores de futebol são ricos, pois nem todos são jogadores de elite ou de craveira internacional. Jogadores como Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, Lionel Messi, do Barcelona, Zlatan Ibrahimovic, do PSG, Kun Aguero, do Manchester City, entre outros de renome mundial, além de craques, são, de facto, muito ricos. No entanto, este tipo de atletas faz parte de um grupo muito restrito de jogadores, uma vez que a maioria deles, principalmente os que militam em divisões inferiores, têm ordenados baixos, tendo inclusive a necessidade de exercerem uma outra profissão para viverem de uma forma mais confortável.

A altura dos jogadores de futebol

Muitos adeptos e treinadores de futebol têm preferência por jogadores altos, possantes e duros, pois assim dá a ideia de que são intransponíveis e seguros em todas as suas ações. No entanto, a realidade é bem diferente e há vários exemplos de jogadores de baixa estatura que são uns verdadeiros génios da bola, como os exemplos de Messi, Xavi e Iniesta, do Barcelona, entre outros craques. A altura é apenas um de vários critérios exigidos aos jogadores de futebol e não é essa característica que define a sua qualidade.

Os treinadores mais jovens são fracos

Outro preconceito que existe no futebol está relacionado com a idade dos treinadores. Muitos acreditam que os treinadores jovens não têm qualidade para singrar, pois não têm a experiência necessária para dar a volta às situações de jogo mais complicadas. Mais uma vez, a realidade prova-nos o contrário e o exemplo de treinadores como Mourinho, Guardiola, Villas-Boas, Luís Enrique, entre outros técnicos jovens, é demonstrativo das suas qualidades quando comparados com outros técnicos mais experientes. Na Primeira Liga de Futebol já se verifica essa alteração e nomes como Marco Silva, Sérgio Conceição ou Rui Vitória são já apostas seguras.

Os melhores adeptos de futebol são aqueles que se deslocam aos estádios

Esta é uma grande mentira e um enorme preconceito, pois, na maioria das vezes, os adeptos não têm condições económicas para apoiar a sua equipa. Os bilhetes de futebol são muito caros, o que não está ao alcance de todas as carteiras e além disso ainda há o custo das deslocações aos campos dos adversários. Dessa forma, o apoio deixa de ser possível por várias razões, sendo a de ordem económica uma das mais importantes. Contraria-se assim a tese de que os melhores adeptos são aqueles que vão aos estádios, pois os que não vão também sentem a mesma paixão e amor ao clube que os une!

O departamento médico num clube de futebol

Não dá para conceber um clube de futebol sem a presença de um departamento médico. Por se tratar de um desporto no qual o contato entre atletas é constante, a presença de uma equipa médica nos bastidores é fundamental para que a equipa alcance os objetivos traçados ao longo de uma temporada. Esse setor é tão importante que, além de tratar os jogadores lesionados, ajuda a prever possíveis complicações. Dessa forma, influi até na escalação dos jogos, estipulando prazos para recuperação.

 A forte presença da medicina no futebol

O departamento médico que atua em clubes de futebol é composto pelos seguintes profissionais:

 Fisioterapeutas

São responsáveis por tentar trazer à normalidade os movimentos rotineiros dos jogadores. Isso, em um menor prazo possível. Uma fisioterapia bem realizada elimina o trauma do atleta após a lesão e, aos poucos, retoma a mesma confiança anterior à lesão e consegue executar os mesmos movimentos com a mesma precisão.

Dependendo da situação e do nível de agravamento, o tempo gasto durante a recuperação pode levar mais tempo do que a equipa técnica gostaria. Entretanto, a história demonstra que acelerar esses processos só faz com o que o mesmo atleta sofra a mesma lesão. Portanto, o prejuízo pela falta acaba por se tornar maior, já que ele terá de retornar à fase de reabilitação física.

 Preparadores físicos

Exercem treinos físicos tanto no campo como na academia. Estes profissionais posicionam-se numa linha ténue entre o exagero de exercícios e o excesso de complacência para com os jogadores. Devem ter cautela para não forçar muito a musculatura ao mesmo tempo em que procuram extrair o máximo de dedicação de todos durante as atividades, avaliando-os individualmente e fazendo as devidas cobranças. Devem estar aptos a notar a diferença entre desmotivação e sintomas reais de que, caso determinado exercício se prolongue por mais tempo, este pode comprometer determinada área do corpo, levando a alguma rutura de ligamento, por exemplo.

Os preparadores físicos sofrem intensa cobrança quando os jogadores demonstram cansaço ao longo dos jogos. Tem sentido, uma vez que o objetivo desse treino é não só fortalecer os atletas, mas elevar a manutenção de um mesmo ritmo por mais tempo. O desempenho varia e é individual. Contudo, espera-se que o grupo consiga se manter bem em campo ao longo dos 90 minutos.

Fisiologistas

O papel do fisiologista é desenvolver ações que visem aperfeiçoar a performance do atleta. Por meio de uma série de análises fisiológicas, esses profissionais concluem qual seria a massa muscular, teor de gordura ideal – de acordo com a função – para que cada um consiga realizar os movimentos com melhor qualidade. Também executam testes que medem a força, potência e, principalmente, resistência aeróbica e anaeróbica.

É por levar em consideração toda a bateria de testes concretizada pelos fisiologistas que os preparadores físicos montam o seu programa de treino.

 Médicos

Quando todas as medidas de precaução, preparação física amparada em testes fisiológicos precisos se deparam com imponderáveis imprevistos, os médicos entram em campo, literalmente. Eles ficam a postos em caso de algum choque mais forte para realizar o diagnóstico, tentar identificar previamente, se houve alguma fratura e se é necessário substituir o jogador ou ainda, se é recomendável levá-lo a um hospital a fim de se detalhar a lesão através de exames. Os médicos também são responsáveis diretos – após avaliação dos documentos dos outros membros do departamento – em dar aval para utilização dos jogadores ou reter os que ainda não estiverem em 100% de suas condições.

O coração da equipa

Os membros do departamento médico são incumbidos de dar vida à equipa. Por mais que um clube de futebol seja rico e ostente um grande elenco, ele não resistirá por muito tempo aos impactos oriundos de uma partida futebolística. Daí, a preocupação dos clubes em formar centros de excelência no restabelecimento dos seus atletas. Para vultosos investimentos, é necessário uma estrutura médica profissional. Afinal, as equipas de futebol consomem muitos recursos com novos jogadores. Deixá-los por muito tempo parados gera prejuízo e demora no retorno aguardado.